O papel do Arquivo na crise de COVID 19

No momento da grave situação de pandemia que vivemos mundialmente, o Estado, por meio de suas instituições, é chamado a tomar inúmeras e rápidas ações. Determinações à população, controle de pessoas infectadas e hospitalizadas, número de curados e de óbitos, controle de material necessário, controle de leitos disponíveis, compras de equipamentos, contratação de profissionais e decisões com relação a medidas de profilaxia impõem-se com urgência.
Arquivos registram ações e é a partir desses registros que essas ações podem ser conhecidas, analisadas e entendidas. Conhecer tais ações e dispor das informações necessárias para avaliá-las é não só uma questão de direito de acesso à informação, é também condição para dar à população a possibilidade de se envolver e se sentir também responsável pela solução do problema.
É nesse sentido que a UNESCO, o Conselho Internacional de Arquivos e a Associação Latinoamericana de Arquivos vêm a público, formalmente, lembrar que, entre tantas obrigações a que o Estado tem de responder, existe também a de gerir, preservar e dar acesso público aos documentos que evidenciam as ações que toma para a manutenção da saúde geral da população. Com tais cuidados, a luta é mais fácil, posto que envolve a todos.
Acesse os documentos em espanhol da UNESCO, o Conselho Internacional de Arquivos e a Associação Latinoamericana de Arquivos.
Vitor Manoel Marques da Fonseca – Universidade Federal Fluminense. Departamento de Ciência da Informação
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