O papel de um Procurador do Estado é bem conhecido e está definido nas Constituições Federal e Estadual. Ele é responsável pela representação judicial e pela consultoria jurídica do Estado. Em uma palavra, ele é o advogado do Estado. Mas o que pouca gente sabe é que nem sempre foi simples assim.

No tempo em que o Rio de Janeiro era a capital do país, por exemplo, o Procurador acabava assumindo funções de outros agentes do Estado, como no caso em que, para garantir a reintegração de posse pelo Estado, foi armado para preservar sua integridade física diante das ameaças de grileiros.

Na falta de um órgão de fiscalização do meio ambiente à época, eram os próprios Procuradores que embarcavam em um helicóptero para fazer demarcação de terras em várias regiões do Estado e até ações para proteger a Praia de Lopes Mendes, na Ilha Grande, ameaçada de invasão.

Mas nem tudo era tão arriscado para os Procuradores. Quando a capital mudou do Rio, eles precisavam ir a Brasília frequentemente para despachar com os ministros do Supremo Tribunal Federal para entregar as petições do Estado pessoalmente. E os encontros eram nas casas dos ministros com direito a um cafezinho para pôr a conversa em dia com os colegas de longa convivência na antiga capital federal.

Essas e outras histórias curiosas foram resgatadas pelo Projeto Memória PGE-RJ que reuniu num documentário os depoimentos de 23 Procuradores aposentados, que será exibido no dia 14 de dezembro.

Procuradores no documentário

Os 23 Procuradores do Estado que prestaram depoimento ao documentário ingressaram na carreira no primeiro e segundo concursos, em 1962 e 1965, e alguns são remanescentes do antigo Distrito Federal. Entre os entrevistados, três foram Procuradores-Gerais do Estado: Letácio Jansen (1986-1987), José Eduardo Barbosa dos Santos Neves (1987-1991) e Geraldo Arruda Figueiredo (2002-2003).

 

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Foto: Reprodução

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